
Examinamos vários livros sobre a história e a filosofia da dança, como por exemplo História da Dança no Ocidente, de Paul Bourcier (1987), professor de história da dança na Universidade de Paris. Neste livro é feito um panorama da evolução da arte da dança desde as primeiras manifestações de que se tem notícia, há mais de quinze mil anos, até a história contemporânea. Já em Dançar a Vida, o filósofo Roger Garaudy (1980) escreve sobre a dança como símbolo do ato de viver, um modo de exprimir intensamente as relações do homem com a natureza e a sociedade. Lemos ainda Minha Vida de Isadora Duncan (1989), precursora da dança moderna, revolucionou o mundo da dança com seu estilo livre e apaixonado de se expressar.
Em relação à cultura popular brasileira, tomamos como referências principais a coletânea Danças Dramáticas do Brasil, obra dividida em três volumes e organizada por Oneida Alvarenga (1982), a partir dos escritos de pesquisa de Mário de Andrade. E quanto à cultura e às danças pernambucanas utilizamos os livros Danças populares como espetáculo público no Recife de 1970 a 1988, de Maria Goretti Rocha de Oliveira (1991); O Folclore no Carnaval do Recife, de Katarina Real (1990); Antologia do Carnaval do Recife, de Mário Souto Maior e Leonardo Dantas Silva (1991); Evoé, de Cláudia Lima (2001); e Patrimônios Vivos de Pernambuco, de Maria Alice Amorim (2010), todos renomados pesquisadores da cultura pernambucana.
No que se refere à fotografia, os principais teóricos consultados foram Annateresa Fabris (2004) com o artigo A captação do movimento: do instantâneo ao fotodinamismo, no qual ela analisa os trabalhos de Étienne-Jules Marey, Eadweard Muybridge e Anton Giulio Bragaglia, correlacionando-os com os movimentos de vanguarda europeus.
Foram utilizados, ainda, como fonte de pesquisa os dossiês dos inventários dos bens culturais imateriais registrados, além de matérias jornalísticas publicadas em impressos e redes sociais. Acrescente-se, ainda, o material (textos, vídeos, fotografias) contido nos sites do Instituto do Patrimônio Histórico e Artísticos Nacional – IPHAN e da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco. Além disso, realizamos consultas ao acervo digital da Fundação Joaquim Nabuco – FUNDAJ
Também pesquisamos os conteúdos dos sites do Projeto Andarilha, plataforma de pesquisa e curadoria dedicada a mapear processos criativos de artistas brasileiros, sejam de cultura popular ou não; cuja missão é “registrar, salvaguardar e difundir histórias de pessoas criativas que atuam na construção de uma memória afetiva comum, através de seus saberes, conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano”; e da Associação Raiz, que tem como missão dar a conhecer e fazer consumir a produção cultural popular brasileira em todas as suas expressões – sonora, iconográfica, cênica e escrita, e que produz uma revista de arte e cultura (http://revistaraiz.uol.com.br/portal-raiz/).
Obs. Texto de Elysangela Freitas extraído do relatório de atividade de produção apresentado à Universidade Católica de Pernambuco, como requisito para obtenção do título de Especialista em Narrativas Contemporâneas da Fotografia e do Audiovisual. Para o relatório completo acesse aqui.
Gostou? Então acesse os posts anteriores sobre referências visuais:
- Quem foram nossas referências visuais? (parte 1)
- Quem foram nossas referências visuais? (parte 2)
- Quem foram nossas referências visuais? (parte 3)
Tá curioso para ver as fotos do ensaio? Você pode conferir aqui.
Quer saber mais sobre as brincadeiras fotografadas? Dá uma olhada aqui.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Mário. Danças Dramáticas do Brasil. 2 ed. Belo Horizonte: Itacaia; Brasília: INL, Fundação Nacional Pró-Memória, 1982.
AMORIM, Maria Alice, Patrimônios Vivos de Pernambuco. Recife: FUNDARPE, 2010.
BOURCIER, Paul. História da Dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
DUNCAN, Isadora. Minha Vida. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.
FEIJÓ, Cláudio. Linguagem Fotográfica. Disponível em: <http://www.uel.br/pos/fotografia/wp-content/uploads/downs-uteis-linguagem-fotografica.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2016.
FERNOCHIO, Fernando. Linguagem e Sociedade. Disponível em: <http://www.slideshare.net/FernandoFernochio/linguagem-e-sociedade>. Acessado em: 31/8/2011.
FIALHO, Roberto Basílio. Corpointerface: relações entre corpo e imagem na cena contemporânea de dança. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:jK63z9BnQKQJ:www.repositorio.ufba.br:8080/ri/bitstream/ri/7886/1/UNIVERSIDADE%2520FEDERAL%2520DA%2520BAHIA%2520(2)%2520corpointerface.pdf+&cd=6&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=safari>. Acesso em: 27 jul. 2016.
GARAUDY, Roger. Dançar a vida. Tradução de Antonio Guimarães Filho e Glória Mariani. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
LIMA, Cláudia. Evoé: história do carnaval – das tradições mitológicas ao trio elétrico. 2a Edição. Recife: raízes brasileiras, 2001.
MAIOR, Mário Souto e SILVA, Leonardo Dantas (orgs). Antologia do Carnaval do Recife. Recife: FUNDAJ, Editora Massangana, 1991.
OLIVEIRA, Maria Goretti Rocha de. Danças populares como espetáculo público no Recife, de 1979 a 1988. Recife: O autor, 1991.
PATRIMÔNIOS DE PERNAMBUCO: Materiais e Imateriais. Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco. 3 ed. Recife: FUNDARPE, 2014. Disponível em: <https://issuu.com/cultura.pe/docs/patrimonios_de_pernambuco_3_edicao>. Acesso em: 22 jul. 2017.
REAL, Katarina. O Folclore no Carnaval do Recife. 2a. edição revisada e aumentada. Recife: FUNDAJ, Editora Massangana, 1990.
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